Quem não gosta de discutir assuntos complexos? Assuntos em que as respostas nem sempre estão na ponta da nossa língua? Bem, se gostas esta vai ser a rubrica perfeita para ti. Todas as edições iremos escolher um tema controverso, tabu ou simplesmente pouco usual e iremos realizar questionários aos nossos leitores acerca do mesmo. Nesta primeira edição escolhemos o Amor, se é para sempre, se está escrito nas estrelas ou se é apenas uma maneira de nos sentirmos amados. Esperemos que gostes!
Amor, não há tema mais discutido que o amor, seja em filmes, livros, músicas, até anúncios de televisão, amor é aquilo que vende, que capta e que emociona. E como é óbvio, nem sempre é retratado da mesma maneira, mas podemos afirmar que o mais comum é sempre, duas pessoas, sejam elas do mesmo sexo ou não, que se conhecem, talvez nem gostem muito uma da outra ao início, mas que acabam sempre da mesma forma, juntos e felizes para sempre.
E embora não seja esse, geralmente, o foco principal da história é o que causa mais especulação, o para sempre. Será que a teoria das almas gêmeas é real? Será que existe mesmo alguém, algures no mundo, que tem tudo o que cada um de nós procura? Alguém que nos complete tal e qual duas peças de um puzzle? Será que um dia iremos encontrar o nosso verdadeiro amor?
Claro que cada um tem as suas respostas e por essa mesma razão realizamos um pequeno questionário com três perguntas com o objetivo de saber o que pensam os adolescentes de hoje em dia em relação a esse assunto?:
Estás apaixonado/a? Se sim, já te sentiste assim em relação a mais alguém?
Luciano, 16 anos: Estou apaixonado, e como me estou a sentir agora, não, nunca me senti assim.
Jaime, 16 anos: Não… quer dizer é complicado. Eu não sei se estou apaixonado. Eu acho que nós mesmos não temos capacidade para dizermos se estamos apaixonados. A verdade é que eu não me sinto apaixonado.
Acreditas em almas gêmeas? Porquê?
Jaime, 16 anos: Não, não acredito. Acho que o amor provém de estarmos extremamente confortáveis com uma pessoa e esse estarmos confortáveis vem mais das observações físicas.
Sofia, 16 anos: Sim, acho que todos teremos alguém igual a nós no futuro.
Bernardo, 17 anos: Não, acho uma palhaçada, eu acredito que existem muitas almas gêmeas e todas elas dependem da fase da nossa vida em que nos encontramos.
João, 16 anos: Não, porque é muito relativo, se calhar pode haver mas provavelmente nunca a vou encontrar.
Leonor, 16 anos: Sim, porque eu acho que existe alguém com quem nos interligamos, com quem sentimos uma faísca.
Eliana, 17 anos: Não, porque não existem almas gêmeas mas sim almas semelhantes porque cada pessoa é única.
Mariana, 16 anos: Acredito que sim porque acredito que uma alma gêmea é alguém com quem nos ligamos de uma forma tão profunda que sem essa pessoa não nos sentimos nós mesmos.
Biana, 19 anos: Sim, porque eu acredito que as pessoas são energias, e então no mundo não podem existir tantas energias para serem todos diferentes, logo as pessoas acabam por se ligar a uma energia semelhante ou até igual à sua.
Acreditas em amor para a vida toda?
Luciano, 16 anos: Não, porque é muito aborrecido ficar sempre com a mesma pessoa, tem de se ir variando.
Cláudio, 16 anos: Sim e não, imagina estares com alguém durante 30 anos, não vais gostar dela da mesma forma durante todo esse tempo, mas acredito que isso não seja razão para não conseguirem ficar juntas para sempre.
Bernardo, 17 anos: Pode ficar chato, mas talvez se estiverem num relacionamento aberto já não fique, mas sim acho possível.
Leonor, 16 anos: Sim, porque se a pessoa for a certa nós acreditamos sempre que é para toda a vida.
Eliana, 17 anos: Sim, porque eu acredito no amor incondicional que passa todas as fases e que no fim acaba no companheirismo e na dependência saudável um do outro.
Mariana, 16 anos: Sim, são raras as relações em que a falta de amor sejam a razão do fim da relação.
Verónica, 16 anos: Sim, porque quando alimentamos o amor ele dura e o problema de hoje em dia é que as pessoas se esquecem de alimentar esse amor, tal como nos alimentamos a nós próprios.
Podemos, então, concluir não há uma resposta comum, uma resposta universal, cada um tem a sua maneira de ver as coisas e a sua maneira de acreditar no amor.
NOTA: fotografia de Miguel Orós no Unsplash