Entrevista ao Diretor nº2

por Equipa Já Soubeste?
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No passado dia 6 de Novembro entrevistámos via ZOOM o Diretor do nosso agrupamento, Professor Nuno Reis.

Nesta entrevista abordámos assuntos relacionados com a pandemia, a gestão do agrupamento perante a mesma e ainda outros mais específicos relacionados com o nosso quotidiano escolar.

Ao longo de uma hora, o Diretor respondeu, com um toque pessoal, às perguntas feitas pela nossa equipa de jornalistas e pelos leitores do nosso jornal.

Queremos agradecer ao Professor Nuno Reis a sua disponibilidade e boa disposição.

Introdução e Articulação

JS? Sr. Diretor Nuno Reis a equipa do Jornal quer agradecer-lhe a disponibilidade que demonstrou para falar connosco e para responder a várias questões que sendo nossas são também da comunidade

Diretor Nuno Reis Eu é que vos agradeço a oportunidade de fazer chegar informação importante a toda esta comunidade que referem, tendo nós um meio tão bom que é este jornal. Vocês com o vosso trabalho permitem que a informação sobre o nosso trabalho possa chegar a um grande número de pessoas na comunidade educativa e particularmente aos alunos. Por isso eu é que vos tenho a agradecer. Quanto ao possível e compreensível nervosismo que possam sentir por um trabalho desta responsabilidade que é o de manter informada e entretida a nossa comunidade, digo-lhes que isso vai acontecer ao longo da vossa vida e é essa autoexigência que vos vai fazer aprender e evoluir. Conto-lhes que eu quando fui para a Faculdade encontrei uma situação que me deixou debaixo de uma enorme pressão; fosse qual fosse a classificação nas provas escritas eu tinha que fazer sempre provas orais o que para mim era muito difícil, detestava falar em público.

Mas fui-me habituando e eu que gosto tanto de falar a partir de certa altura tomei-lhe o gosto. É uma aprendizagem que se faz e convosco acontecerá o mesmo.

JS? – O gostar de falar vai facilitar-nos muito o trabalho… 

Diretor – (risos) Vocês têm me mandar calar quando eu estiver a falar demais.

JS? – A primeira pergunta que selecionámos foi: há quantos anos é professor neste agrupamento?

Diretor– Ui! Eu acho que sou professor há 26 anos. 26 ou 27. Fui sempre professor na Gaspar Correia, mesmo quando se constituiu o agrupamento. Sempre fui professor do 3º ciclo e do secundário, mas, desde que cá estou, só dei 3º ciclo. Acho que este é o meu 27º ano. Eu fiz algumas coisas diferentes, estive por 2 vezes na coordenação nacional do desporto escolar, desde 2002 a 2005 e mais recentemente entre 2016 a 2019, mas nunca deixei o agrupamento. Fui das duas vezes tratar de um projeto relacionado com os centros de formação náuticos, já que eu também tenho formação em vela. E o Ministério convidou-me para ir coordenar esse projeto e por consequência temos o Centro Náutico do Parque das Nações coordenado pelo nosso agrupamento.

JS? Agora pegando na pergunta anterior, sabendo que o professor tem todos estes anos de experiência em ambas as escolas Gaspar Correia e Secundária da Portela, a equipa gostaria de saber quais as maiores diferenças entre as duas.

Diretor Eu penso que elas são duas escolas com muitas diferenças, a escola secundária tem um peso muito grande do ensino secundário que é no fundo um período das vossas vida muito complexo porque é o período onde se tomam todas as decisões e uma decisão errada pode-vos custar muita coisa, na vossa vida. Eu dou o meu exemplo, a minha mãe tinha o sonho de ter um filho engenheiro, nós somos sete irmãos, cinco raparigas e dois rapazes, um dos dois rapazes era o Zé Pedro dos “Xutos e Pontapés” que já faleceu, ele desde muito cedo quis seguir a carreira de músico por isso ele tirou o antigo sétimo ano que é equivalente ao décimo segundo dos dias de hoje e depois ainda estudou jornalismo o que é engraçado, mas acima de tudo a vida dele era dedicada à música. Então como a minha mãe gostava muito de ter um filho engenheiro sobrava eu, na altura não era mau aluno, confesso, mas por volta dos meus quinze anos de idade comecei a jogar voleibol e adorei. Um dia depois de ter terminado o décimo segundo ano escolar a minha mãe chegou a casa e disse que estava na altura de me candidatar à faculdade para tirar o curso de engenharia, eu nessa altura ganhei coragem e confessei que não queria ir para engenharia mas sim para educação física. Como já era de esperar a minha mãe ficou surpreendida, quase revoltada com a minha decisão porque eu tinha uma média muito alta e podia entrar em qualquer faculdade à minha escolha. A minha mãe lá aceitou e em vez de me candidatar ao Instituto Superior Técnico decidi candidatar me à FMH (Faculdade de Motricidade Humana).Na tentativa de me candidatar apercebi-me de que não tinha estado na área correta durante o secundário, logo tive de voltar ao décimo ano, felizmente a minha mãe esteve sempre a apoiar-me apesar de termos discutido muito pelo facto de ter de repetir o secundário. Dei este exemplo para vos mostrar que o secundário é sem duvidas um período das vossas vidas em que vocês estão sobre muita pressão, não é só por causa das notas e das médias para entrar na faculdade mas também o facto de terem de decidir aquilo que vai ser a vossa vida, eu tenho a perfeita noção de quando disse à minha mãe que não queria estudar engenharia eu defini a minha vida, nesse instante eu mudei toda a minha vida, por isso toda essa pressão a que estão submetidos nesta fase da vossa vida é muto elevada. Vocês têm um espírito jovem o que significa que são descontraídos e levam as coisas na boa o que é bom, mas sabem que essa pressão está presente. Com a Gaspar Correia que é uma escola mais pequena é completamente diferente, o ambiente é mais familiar e “pequenino”, mas acima de tudo não existe a pressão que o ensino secundário traz sempre. Sinceramente gosto muito das duas!

JS? – Como é conjugar e articular as funções de diretor e professor?

Diretor Eu neste momento não sou professor. Não sei se sabem, mas no cargo de diretor pode haver outro tipo de pessoas como gestores. Nós diretores, ou somos gestores ou professores, e eu sou contra a possibilidade de um gestor ser diretor de um agrupamento. (…) Acho que um diretor é como um treinador. A diferença entre um diretor gestor e um diretor professor é como a diferença entre um treinador que foi jogador e um treinador que não o foi. Nós temos de compreender o outro lado quando lidamos com professores, alunos, quer dizer, todos fomos alunos logo essa parte está controlada, mas o ser professor ajuda muito os diretores a perceber os problemas dos professores. Isso é uma bagagem que um gestor não consegue ter de maneira nenhuma. Não consegue pôr-se na pele de um professor por mais que diga que o consegue. É uma vida muito específica e que tem muitas pressões e muitas situações que só as vivendo mesmo é que nos podemos aperceber da sua importância.

JS? – A segunda parte da entrevista centra-se mais no impacto do vírus nas escolas. Posto isto, pensa que as medidas estabelecidas pelo governo são as melhores? discorda de alguma? O que faria diferente?

Diretor Ui essa pergunta é muito difícil, eu digo-te já que não gostaria nada de estar na pele do primeiro-ministro, da ministra da saúde ou da Diretora Geral da Saúde, são 3 papéis que decididamente neste momento não gostava de assumir, mas acho todos nós pensamos que faríamos um bocadinho diferente do que é a norma. No entanto, eu percebo que as pessoas estão a trabalhar sobre uma pressão diária muito elevada, não sou eu quem responde diariamente pelos mortos ou pelo número de infetados, são eles. Por isso também não sei se no seu lugar faria melhor, mas faria diferente. Uma das coisas que teria feito diferente; desde o primeiro momento ser um defensor acérrimo do uso da mascara, já tive uma discussão publica com uma enfermeira que dizia que as medidas principais no combate a esta pandemia eram a lavagem frequente das mãos e a higienização das superfícies e eu dizia que não, que antes dessas estava o uso da máscara. Infelizmente, pelo andar da carruagem, parece-me que o que se está a provar é que se todos nós tivéssemos usado máscara mais cedo talvez tivéssemos evitado muitos problemas e nisso, eu sou muito frontal, posso estar profundamente errado mas uma medida que eu teria tomado logo no início era o uso obrigatório da máscara na rua e nos lugares públicos, era uma medida fundamental que devia ter sido tomada e não foi. Os momentos em que estamos em grupo sem mascara são os mais penalizadores em termos da propagação da pandemia.

JS? – O Diretor acha viável mandar o Secundário para casa, por serem mais autónomos, e manter apenas o Básico?

Diretor Eu tentei evitar essa pergunta (risos) Eu sou defensor de que o Secundário devia estar em casa, mas percebo que essa decisão não pode ser tomada de ânimo leve. No nosso agrupamento era uma condição fundamental e ótima, porquê? Porque nós temos todos acesso aos meios informáticos e isso graças a Deus e com o apoio das Associações de Pais e da Câmara – que nos fornece hotspots- nós conseguimos pôr todos os alunos do Secundário em casa com acesso à internet e a ter aulas por videoconferência, por isso, essa é uma medida que eu gostava de ver implementada no nosso agrupamento. A nível nacional não tenho dados que me permitam saber quais as secundarias que têm iguais condições, mas enfim temos que nos cingir àquilo que são as ordens do Ministério.

JS? – Acha que todas as medidas estão a ser respeitadas e cumpridas da melhor maneira?

JS? – Eu acho que esta pergunta é mais direcionada à escola do que ao país em geral. Acha que todas as medidas estão a ser respeitadas e cumpridas da melhor maneira?

Diretor- Acho que não, acho que não estão. Mas se me perguntares qual era a minha espectativa inicial era que ainda se tivesse mais dificuldade na implementação das medidas. Tem que ser entendido que a nossa comunidade da Portela, ainda ontem numa reunião com o vereador e com o delegado de saúde da nossa área, foi referida como uma “aldeia”, porque toda agente sabe tudo, toda a gente se encontra, toda a gente convive ali no Centro Comercial e por isto há alguns hábitos nas pessoas que não são fáceis de mudar. Eu acho que uma das coisas mais difíceis de mudar nas pessoas são os hábitos, as formas de pensar, e por isto vos digo que acho que a ênfase que foi dada pelo nosso governo relativamente ao uso das máscaras encontra essas resistências. Eu não sei se vocês têm tido acesso às informações que nós vamos publicando da Direção ao fim de semana e que são dirigidos aos pais, aos alunos, aos professores, a todos os assistentes operacionais e a toda a gente da nossa comunidade educativa. Desde muito cedo comecei a pedir às pessoas para usarem máscara, e isto porque eu tenho o meu único filho na escola amarela e todos os dias vou lá deixá-lo. Era recorrente ter diversos pais a entregar os filhos sem máscara e com isto começámos a pedir para os pais evitarem esse comportamento e que quando levassem os filhos usassem máscara. Agora fico muito feliz porque neste momento quando eu lá chego não há um único pai sem máscara. No outro dia até ia a subir a escadaria e estava um pai parado no fim das escadas sem máscara a dizer adeus ao longe ao filho e a dizer “eu não me posso aproximar porque não trouxe máscara”. Acho que isto é o reflexo das pequenas mudanças que nós vamos fazendo. Não sabem a felicidade com que eu fiquei por achar que estes alertas e estes pedidos que estamos a fazer às pessoas estão a resultar, e quando assim é significa que a nossa mensagem está a passar e fico muito feliz com essa situação. Mas pronto, confesso-vos sinceramente que gostava de ver mais alunos aqui à entrada da Secundária a usar máscara. No outro dia o Agente Silva, que penso que vocês conheçam, é o agente da PSP da Escola Segura e que é responsável pela nossa área, dizia num tom de ironia o seguinte: “Aqui parece que o vírus só está dentro da escola porque eles estão todos lá fora à conversa sem máscara, e depois vão a entrar para a escola e colocam todos a máscara e estão protegidos porque o vírus só  está dentro da escola” Achei engraçado esta imagem. Parece que o vírus só está dentro da escola, porque lá fora está muita gente sem máscara. Há muitos alunos que têm esse desleixo e por vezes os próprios professores e assistentes operacionais também, percebo que é muito incomodativo estarmos de máscara e que por vezes é difícil de respirar com a máscara, mas é um esforço que temos de fazer uns pelos outros porque isto é mesmo uma prova de solidariedade por que nós estamos a passar. Basta haver uma pessoa que não queira e pode contaminar os outros todos. Eu acho que esta pandemia dá-nos também esta lição; O que deve de ser a nossa generosidade para com os outros. Penso que é um dos princípios de vida que nós muitas vezes vamos perdendo que é o de sermos solidários e pensar nos outros. Nós vivemos numa sociedade tão competitiva que muitas vezes só pensamos em nós e pensamos pouco nos outros. Se há alguma coisa desejável que a pandemia nos traz, que a maior parte delas são coisas desagradáveis, é o recado de que nós temos de estar unidos e temos de pensar também nos outros.

JS? – Quais os procedimentos quando algum elemento da escola transgride as regras? E qual a sua intervenção?

Diretor A abordagem que a escola decidiu usar é uma abordagem mais pedagógica em vez de uma mais punitiva, pois estamos todos a aprender como viver lado a lado com a Covid-19. As escolas são lugares de pedagogia portanto os pedagogos também deviam ensinar a cumprir as novas regras. Se for a primeira ou segunda vez que o aluno estiver em incumprimento das regras, é avisado sobre o seu comportamento. No entanto, se o aluno continuar a ter o mesmo tipo de comportamentos que metem em perigo a sua segurança e a dos outros, haverá consequências.

JS? –  Esta é a última pergunta relacionada com a Covid-19. Se estas medidas que estão a ser tomadas não forem as mais adequadas e eventualmente a situação piorar, quais acha que podem ser as medidas que poderão ser adotadas futuramente?

Diretor – Essa é uma boa pergunta, mas não sei como as coisas irão evoluir. Acho que nem o governo tem essa noção. Eu gostaria que confinássemos por setores e como já falámos, eu considero importante que o secundário confinasse. Era ainda mais importante por uma razão, nós, neste momento temos mais de dez assistentes operacionais confinadas (…). Com a necessidade de higienizar os espaços, elas têm muito mais trabalho. Agora imaginem o que é estarmos num agrupamento que tem cento e dez assistentes operacionais, onde dez, não parecem muitas mas são, estão confinadas. Por isso o governo anunciou que iria fazer um reforço dos assistentes operacionais para suprir estas questões do acréscimo de trabalho relacionado com a higienização dos espaços. (…) O facto de confinar o Secundário permitiria que as assistentes operacionais que estão responsáveis pelo secundário pudessem ajudar nas outras escolas e estaríamos aliviados nesse aspeto. Já estivemos muito perto da rutura em algumas escolas, temos assistentes que andam de escola em escola a “tapar os buracos” e por isso o confinamento por setores era muito importante. (…) Se não houver medidas mais drásticas, essa será evidentemente uma delas.

2ªParte

JS? – O Diretor numa entrevista que deu ao nosso Jornal no fecho do ano letivo passado, disse que vivia uma situação estranha; era “diretor de uma escola sem alunos”. O que diz agora que tem alunos nas escolas que dirige?

Diretor – É fantástico! As escolas existem porque existem alunos. Sem alunos não havia escolas, não havia professores não havia nada.Os melhores anos da minha vida foram quando fui aluno.Como se diz; Uma escola sem alunos é como um jardim sem flores! Eu gosto de ter alunos à volta, nem que seja para lhes ralhar… São os alunos que dão vida à escola. Mas foi verdade o que referem. O ano passado eu fui mais tempo um diretor sem alunos. Agora sim, é mais cansativo mas estou muito mais satisfeito assim.

JS? – A equipa gostaria de saber como tem corrido a gestão pedagógica da escola e quais é que têm sido as principais dificuldades.

Diretor Em termos pedagógicos? Nós temos uma grande vantagem no nosso agrupamento, nós temos um corpo docente que tem uma média de idades avançada e isso pode ser visto de duas maneiras; ou como uma coisa positiva ou como uma coisa negativa. Eu vejo isso de uma forma positiva, o facto dos professores serem pessoas com muita experiência, principalmente num momento como este. É fundamental porque eles têm a noção exata daquilo que é a sua tarefa e as suas funções, sabem distinguir bem aquilo que é fundamental, aquilo que é menos importante e por isso eu penso que nesse aspeto nós temos funcionado muito bem até nos momentos de confinamento e nas aulas online. Eu acho que as coisas acabaram por funcionar sempre muito bem e acima das minhas próprias expectativas

JS? – Alguns colegas têm-se dirigido a nós para saber informações sobre as eleições da associação de estudantes deste ano, já há alguma informação?

Diretor – Vai haver sim, em breve. Nós temos estado aqui a ultimar pormenores. Temos aqui uma preocupação que tem estado em discussão. Eu tinha-me comprometido a sair com alguma informação acerca das eleições, mas essa informação foi sendo adiada. Eu espero que muito rapidamente possamos dar essa informação concreta. A grande questão que nos tem assaltado é; como será feita a campanha, estamos a definir regras extremamente apertadas relativamente a isso, exatamente para evitar os ajuntamentos, já pensamos nalgumas soluções via net mas gostávamos de ter qualquer coisa física nas escolas, quer na Gaspar quer na Secundária. Estamos ainda a afinar as coisas. Eu penso que muito rapidamente já poderemos dar essa informação a todos e vou vou-lhes pedir que a publiquem, por isso serão um dos nossos meios de divulgação.

JS? – Qual é a sua opinião acerca do projeto Escola Mais Humana e, numa perspetiva mais próxima de nós, acerca do projeto do jornal Já Soubeste?

Diretor (…) Eu acredito numa escola dinâmica em que as aprendizagens são feitas, o mais possível, fora das salas de aula. É claro que há matérias que têm de ser aprendidas numa sala, mas há muitas outras que podemos aprender fora dela. Há uns anos na Gaspar fiz um projeto, quando apareceu a disciplina de Área de Projeto. Uma das iniciativas que tinha para essa disciplina era a do ensino da linguagem gestual a todos os alunos, assim como o Suporte Básico de Vida. Queria que toda a nossa comunidade aprendesse estas duas coisas, que são conhecimentos práticos que nos ajudam. Como sou professor de Educação Física sou muito virado para a prática.  Eu tenho um lema: “Todos juntos conseguimos.” O meu projeto tinha uma grande componente cultural, portanto, apesar da pandemia, estamos a tentar realizar o maior número de eventos. Essa é a nossa perspetiva, que todos os projetos sejam o complemento daquilo que é a nossa área de intervenção. Falavam sobre a relevância do projeto Já Soubeste? Eu já tive a oportunidade de falar sobre isso com o professor Joaquim Marques. Para mim é dos projetos que eu quero acarinhar o mais possível porque faz parte da lógica do meu projeto de intervenção. Quanto ao projeto da Escola Mais Humana, acho fantástico que se consiga mobilizar toda a gente para um projeto desta envergadura e no momento em que estamos especialmente. É um projeto com uma dimensão enorme e acho que é fantástico. Estas situações fazem-me pensar que vale a pena lutarmos todos os dias por uma escola melhor e são estas iniciativas que nos ensinam a ser cada vez mais humanos. Ensinam não só aos alunos, mas aos professores também. Eu acho que só deixamos de aprender no dia em que morremos.

Entrevista realizada por: António Rosado, Ana Dias, Catarina Alexandre, Inês Maciel, João Prior e Vasco Tardão

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