Não sei como começar este texto, só sei que ultimamente tenho vontade de escrever… não sei bem o quê, não sei bem sobre o quê, mas esta vontade não me larga. Esta e outras vontades que quanto mais tempo eu empurro para baixo, mais elas sobem à minha cabeça e remoem os meus pensamentos. Toda a concentração que eu tinha na aula que estava a acontecer, desaparece (um verdadeiro hocus pocus, you lost your focus, se quisermos dar nomes às coisas). Mas este “foco” não é perdido, é transferido para aquelas vontades que, por mais que eu queira, não vão embora. Vontades básicas de me exprimir. Não de falar com outras pessoas. Não de dançar. Mas de escrever as minhas próprias músicas. De escrever histórias. De contar essas histórias… Não sei… Às vezes acho que estas vontades são ridículas. “Quem é que quereria ouvir aquilo que eu tenho para dizer?”, “Quem é que quer saber?” e a resposta que me assombra é sempre a mesma: “Ninguém”. E eu resumo-me à minha insignificância, o cérebro retoma o foco na aula e as vontades morrem.
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