Há 80 anos, Aristides de Sousa Mendes (Cabanas de Viriato, 19-07-1885 / Lisboa, 03-04-1954), Cônsul português em Bordéus, concedia, desobedecendo às ordens de Salazar, milhares de vistos que possibilitaram a milhares de mulheres, homens e crianças, muitos deles judeus, a fuga para Portugal e daí para um destino de liberdade. Aristides chegou mesmo a dar ordem aos consulados de Toulouse e Bayonne para que assinassem os vistos, deslocou-se a Bayonne e continuou, na rua, junto à fronteira de Hendaye, a tarefa hercúlea de atribuição de vistos.
Esta não é uma história para esquecer, é sim uma história para contar. Para mostrar que o ato de consciência de Aristides de Sousa Mendes é um exemplo de luta contra a discriminação e de afirmação de valores de liberdade e solidariedade, Aristides de Sousa Mendes, Justo entre as Nações, título concedido pelo Yad Vashem em 1967, tem recebido a título póstumo várias homenagens.
No dia 19 outubro é prestada homenagem a Aristides de Sousa Mendes pela Assembleia da República, na sequência da cerimónia de concessão de Honras de Panteão Nacional, ao mesmo tempo que entre 5 a 25 de outubro está patente no Coro Alto do Panteão Nacional a exposição “O exílio pela vida”, realizada no âmbito da homenagem a Aristides de Sousa Mendes, em colaboração com o Projeto Nunca Esquecer.
Mais informação em:
https://www.dge.mec.pt/noticias/educacao-para-cidadania/homenagem-aristides-de-sousa-mendes
https://www.memoshoa.pt/ (Associação Memoria e Ensino do Holocausto)